As Cantigas de Amigo

As Cantigas de Amigo constituem a variedade mais importante e original da nossa produção lírica da Idade Média, estas composições que se enquadram na poesia trovadoresca, mas que incluem a particularidade de conferirem estatuto de enunciação à mulher, embora sejam sujeitos masculinos a compô-las.

As cantigas de amigo, originárias da Península Ibérica, abordam o universo da cultura popular rural. “Amigo” significa, no contexto das cantigas, “amante” ou “namorado”. Quem fala é uma mulher do povo, que lamenta a ausência de seu amado. Quanto à forma, elas apresentam uma riqueza superior às cantigas de amor.

Vejamos um exemplo.

Ai flores, ai, flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo?
ai, Deus, e u é?

Ai flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado?
ai, Deus, e u é?

Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pos comigo?
ai, Deus, e u é?

Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu do que mi a jurado?
ai, Deus, e u é?

Vós me perguntades polo voss’amigo?
E eu ben vos digo que é viv’ e sano
ai, Deus, e u é?

Vós me perguntades polo voss’amado?
E eu ben vos digo que é viv’e sano
ai, Deus, e u é?

Uma cantiga de amigo pode ser chamada de paralelística, se as estrofes pares repetirem as ideias das estrofes ímpares com ligeiras modificações. Se a cantiga tiver um verso repetido, diz-se que se trata de uma cantiga de refrão. Normalmente, elas são paralelísticas e com refrão.
Aqui segue um vídeo informativo para facilitar na hora de pesquisar sobre a Cantiga de Amigo.

 

↘Video Explicativo↙:

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